chapéus e esteiras. Casada com Raimundo Francisco de Souza,
também agricultor, sertanejamente buscou estratégias para reforçar a economia
caseira baseada num pequeno criatório doméstico de aves e caprinos e na lavoura
de subsistência, os objetos artesanais eram comercializados nas casas das
redondezas. Somente em seguida, a venda de cajus e dos primeiros
Começou a distribuir sua produção em Apodi todas as quartas e
sábados, acondicionada em latas de leite em pó reutilizadas para esse fim, só
recentemente passou a usar potes plásticos por sugestão dos clientes. O
percurso de Melancias para a sede do município é feito em transportes alternativos,
passou a ser figura popular na cidade e seu itinerário compreende a prefeitura,
escolas e residências, nesses locais, chega invariavelmente bem humorada,
trajando blusa de mangas compridas e chapéu para se proteger do sol inclemente,
munida de duas sacolas plásticas para transportar por vez aproximadamente 20kg
de doces. O trabalho de doceira é realizado com orgulho, a atividade foi
responsável por ajudar especialmente na educação dos filhos, parte deles hoje
em dia diplomados em formação superior.
O doce de leite e a espécie de gergelim são os preferidos da
clientela, para fazer o primeiro se certifica previamente da existência de
limão partido dentro de casa, acredita que se cortarem essa fruta no espaço da
cozinha o doce não presta e todo o trabalho será perdido. Também utiliza
instrumentais específicos, a feitura de cada doce exige um tacho ou caldeirão
(de ferro ou alumínio) individualizado, bem como as colheres de pau usadas para
mexer.
FONTE - MEMORIA IFRN
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